sábado, 8 de janeiro de 2011

Ontem aconteceram muitas coisas no meu trabalho. A primeira foi logo de manhã. Eu explico melhor. Algumas colegas de trabalho repararam que nós não trocávamos de lugar, ou seja, eu passava o dia todo em pé. Perguntaram-me porque não alternávamos de duas em duas horas. Eu expliquei que quando estamos a fazer aquelas máquinas elas não têm por hábito mudar e que também não me incomodava assim tanto. O trabalho não é nada complicado, só me aborrece estar constantemente a chamar o chefe (de vez em quando a máquina do teste avaria). Eu disse-lhes que iria encher-me de coragem e falaria no dia seguinte. Pois no dia seguinte de manhã, enquanto uma das colegas foi buscar material, aproveitei e falei com a outra colega. Ela não se importou. De repente, ouço o meu chefe a perguntar:” Porque é que vocês nunca mudam?”. Blá, blá, blá, as minhas colegas explicaram. “ A partir de agora mudam, está bem?” Pronto, e lá mudámos. Confesso que fiquei contente porque assim o tempo passa mais rápido, porque acho importante saber fazer os outros postos e é bom ver as dificuldades que cada um têm no seu posto de trabalho. Foi o que aconteceu quando as minhas colegas foram para o meu posto. Enganaram-se algumas vezes, chatearam-se outras tantas. Mas foi um dia divertido. Fartámo-nos de rir com tanta peripécia. Para terminar obrigada às outras colegas que se preocupam comigo. Já lhes agradeci pessoalmente. E tal como lhes disse a elas repito aqui: “Já sou crescida, tenho de ser eu a resolver os meus assuntos.” Não gosto de conflitos, não gosto de pessoas zangadas comigo. Tenho de aprender a dizer não. Tenho de aprender a dar a minha opinião. Tenho de mudar o meu interior. Não muito, se não perco a graça. 

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